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quarta-feira, 30 de março de 2011

Se





Se eu pudesse ao menos
cavalgar as colinas do teu corpo
alcançar o mundo atrás dos teus olhos
violetas marmóreas
segredos da alma estendida ao sol

se eu pudesse ser
o mar entre os teus dedos
viajar na folha que caiu do teu íntimo
E voar no azul dos teus seios

se eu pudesse ao menos
me agarrar às partículas orvalhadas
dos teus lábios em esplendor
se eu pudesse
me libertar desta solidão suspensa
sarça alourada de fogo
sonhos que pendem das calhas do meu cérebro

se eu pudesse ao menos
morrer nos teus lábios...



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Poemas inéditos

a poesia escreve-se com letras conjugadas mas o bom da poesia está nos olhos de quem a interpreta