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sábado, 11 de dezembro de 2010

A QUALQUER CRIANÇA DO MEU PAÍS




A QUALQUER CRIANÇA DO MEU PAÍS


Numa casa humilde
no silêncio da noite
dobra-me no peito
a dor de ser homem
E choro por ti
meu pequeno amigo

por ti
que arrastas no terreiro da inocência
no teu pequeno berço
lembrando o Cristo da Mangedoura

À medida que cresces
à medida da tua perdição
me lembras o Mancebo Rico
o Pródigo Ébrio à procura das bolotas
à medida que cresces
me lembras um Saulo Perseguidor
um Caifaz Cerimonial
um Jonas Desobediente
um Anjo Caído
- oh dor de ser homem!

Meu pequeno amigo
não te levas pelo grito desesperado
do meu pensamento
porque ainda me lembras
O CRISTO DA MANGEDOURA!



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Poemas inéditos

a poesia escreve-se com letras conjugadas mas o bom da poesia está nos olhos de quem a interpreta