
Um Natal Diferente
Ante a beleza deste ceu anil
uma pobre estrebaria!
No fundo da minha alma
há uma estrela reluzindo
Vejo os anjos de harpas E saltérios
entoando hinos ao doce mistério
Vejo uma criança com olhos riscados de lágrimas
E um roseiral perfumado
repousando sobre as quimericas pinturas
de um presépio imaginário
Neste Natal, quero lagos
quero toda poesia ao meu lado
E ser um homem com os homens dentro
enxugar a lívida tristeza
dos corações que sangram
Neste Natal, corrompido de sinos E foguetes
em que os homens deambulam na escuridão do alcool
em que os meninos sonham com balões E carrocéis
quero lembrar-te da ceia dos pobres
Neste Natal, do suplício do meu querer
com as minhas pálpebras caídas
quero que me alimentes com um pouco
das migalhas da Tua perfeição
Neste Natal, Senhor
entrego-te o meu o coração
reveste-o com a infinita doçura do Teu Amor!

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