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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

PORQUE AMO AS MANHÃS DE DEZEMBRO

 





No avelã dos meus olhos

há um bosque

espelho da minh`alma

E das cinzas em algas

do vasto rio que trespassa

as fragas dos meu rosto



deixei de ser o velho homem

para sorrir com a madrugada

E não julgar

a mão oblíqua

acariciando o meu andrajo



Manhã de Dezembro

hora de me tornar à vida

luz que ilumina o escuro deserto

da estrada que divide o meu cérebro

há anos que estou andando

entre argilas

E suor

em busca de um lago

para banhar o meu corpo

e regar a minh`alma



Manhã de Dezembro

presente de Deus

preciso destes

eternos momentos

para nunca mais chorar

das manhãs de Dezembro

como hoje

dedo de Deus

em girassol

sem pretéritos

nem ocasos

Fria, calada

desejada

manhã de Dezembro

quando bebo os raios do sol

vejo em ti

a presença do Deus divino!


Poemas inéditos

a poesia escreve-se com letras conjugadas mas o bom da poesia está nos olhos de quem a interpreta