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quarta-feira, 18 de setembro de 2013



Posso tudo

Se eu pudesse apagar o meu medo
varrer os recônditos da minha memória engessada
agitar as águas do tanque de Betesda
E ser-me em esplendor 

Se eu pudesse ter domínio dos meus sonhos
das palavras que distorcem  a vontade
E guardar dos que me querem mal
a virtude E o caracter de homem bom

se eu pudesse trocar toda a ambição que me invade
pelo simples fogo de lenha do pobre
preservando a pura poesia que aprendi do Senhor

Se eu pudesse esquecer tudo o que aprendi
E perder-me nas horas descontinuas de uma flor perfumada
sentindo o gosto da terra que pisei na infância
reinventar o poente para enterrar a dor
entre rochedos E ervas E nascer de novo…

Por mim mesmo não
mas posso tudo Naquele que me fortalece!






Poemas inéditos

a poesia escreve-se com letras conjugadas mas o bom da poesia está nos olhos de quem a interpreta