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terça-feira, 26 de abril de 2011

ONTEM EU VI A TEMPESTADE







Ontem eu vi a tempestade
retumbando na avenida
todos os trens da via láctea

eu apenas sorri à violência do seu olhar
senti arrepios grávidos de desejos
nos raios glaciais da minha mão em revoada
hórridas velas que sangram de luzes
enquanto o sol insiste em não morrer
com os tristes pássaros que reboam
buscando a primavera

enquanto passa a tempestade
colho bocados de vidro E de flores
moldo frases bordejados de suor
feéricas sonoridades de lágrimas ronceiras
que estancam a avenida!

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Poemas inéditos

a poesia escreve-se com letras conjugadas mas o bom da poesia está nos olhos de quem a interpreta