terça-feira, 26 de abril de 2011
ONTEM EU VI A TEMPESTADE
Ontem eu vi a tempestade
retumbando na avenida
todos os trens da via láctea
eu apenas sorri à violência do seu olhar
senti arrepios grávidos de desejos
nos raios glaciais da minha mão em revoada
hórridas velas que sangram de luzes
enquanto o sol insiste em não morrer
com os tristes pássaros que reboam
buscando a primavera
enquanto passa a tempestade
colho bocados de vidro E de flores
moldo frases bordejados de suor
feéricas sonoridades de lágrimas ronceiras
que estancam a avenida!
domingo, 10 de abril de 2011
A fé E angústia
A fé E angústia
são frutos pela metade
que alimentam a alma E me lembram que sou homem
E me fazem sonhar o impossível
E me curam essa sede do infinito
E atiçam essa fome de ser sempre mais
a fé diz-me que estou perto
a angústia diz-me que ainda há muito por correr
a fé são os olhos da alma que marejam lágrimas de esperança
E a angústia o querer E não poder ter
a angústia conta os dias em desespero
a fé antecipa o pulsar da vitória
a fé E a angústia são uma mistura
de estrelas E cruzes
o agridoce que retempera a vida.
Subscrever:
Mensagens (Atom)
Poemas inéditos
a poesia escreve-se com letras conjugadas mas o bom da poesia está nos olhos de quem a interpreta