Pássaros sem cor
singram teus lábios ondulantesperdidos entre o mar dos teus desejos
naufragando no teu ventre concha dourada
junto à gruta onde brilha a rosa dos ventos
talvez seja apenas o fogo univalve
de te possuir como o poente que engole o sol
E te busco em caminhos que nunca percorreste
E cinzelo nas horas o teu rosto
à hora que te quero E não te encontro
no teu seio amanhecem os pássaros que não têm cor
ruborizando beijos incandescentes de outros beijos
praguejando teus desejos
desejando as tuas pragas
para ganhar teu coração!