Às vezes
Às vezes o
que eu quero
é apenas um
sinal que me buscas
uma mãozinha
de nuvem
o teu meigo olhar
insinuante
que me amas!
Não sou
exigente no amor
posso
dispensar o bolo mas nunca a cereja
não trocando
por nada
o pôr-do-sol dos teus lábios
o abismo que
une as tuas nádegas
verdejantes
E húmidas colinas
que envaidecem o teu corpo de mulher
que envaidecem o teu corpo de mulher
as algas que
crescem no teu riso
o teu cabelo
molhado voando na têmpera
mulher que
me encolhe no olhar
que me fere
de amor E me cura com beijos selvagens
com apenas
um sinal faz das lágrimas ronceiras
gotas de
vinho que adoçam o desejo
de te amar
para sempre!