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terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Escrevo

As mãos têm palavras nos dedos
elas caminham
nos clarões de tinta
pulsando versos
com a noite distraída
dançando em silêncio
com a poesia
suspirando versos

o ar
encurvado em arco
de letras que o mar segreda
na distância

escrevo
vazios em intervalos
bocados de areia
opacos
das massas concêntricas das maçãs
de um rosto
fragmentos de luzes

com as mãos
se pensam as palavras
modeladas em páginas soltas
de parágrafos E soluços


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Poemas inéditos

a poesia escreve-se com letras conjugadas mas o bom da poesia está nos olhos de quem a interpreta