Acordei com a sensação
que este é o meu último dia
E que todo o oceano apodrece em meus rins
ao olhar para trás
vejo o milheiral ressequido rabo de cometa
setembro enrugado
desilusão de um passado vazio
minhas mãos fechadas E vazias tremem inexoravelmente
enquanto bato à porta do Oráculo
para decifrar a vida E não acho a resposta
A qualquer momento soará o clarim
na carruagem de fogo
atravessarei as fronteiras da eternidade
quando eu morrer (não importa como)
acontecerá o meu poema perfeito:
morrer de desgosto pelas promessas em vão
morrer de felicidade porque amei E fui amado
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