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terça-feira, 6 de abril de 2010

Acordei com a sensação

Acordei com a sensação
que este é o meu último dia
E que todo o oceano apodrece em meus rins

ao olhar para trás
vejo o milheiral ressequido rabo de cometa
setembro enrugado
desilusão de um passado vazio

minhas mãos fechadas E vazias tremem inexoravelmente
enquanto bato à porta do Oráculo
para decifrar a vida E não acho a resposta

A qualquer momento soará o clarim
na carruagem de fogo
atravessarei as fronteiras da eternidade

quando eu morrer (não importa como)
acontecerá o meu poema perfeito:
morrer de desgosto pelas promessas em vão
morrer de felicidade porque amei E fui amado

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Poemas inéditos

a poesia escreve-se com letras conjugadas mas o bom da poesia está nos olhos de quem a interpreta