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quarta-feira, 18 de maio de 2011

AGUARELA SALENSE




Aguarela salense

Do sol repenicado
planície amarinhada de suor
sal da terra puída
miragem lunar das eiras nuas
sal que retempera alma

maresia perfumada
grinaldas de ondas em volley
praias douradas E polidas
pontão de colunas seculares
salinas de cristais E sois hexagonais
farol adormecido
terra boa desvairando chuva
murdeira desenhando o sol desnudado
pardais que flauteiam o paraíso
salmoura vulcânica
porto na folhagem da palmeira
pedra de fogo mourejando o feijoal
palha verde ressequida
morro leste, morrinho de açúcar
filhos do monte grande da fiúra agitada
que madama a minha pele parda
espargo de quânticas avenidas
nervura das folhas do meu tronco
praias de versos dourados
cidade da virgem padecente
cerne de línguas irmanadas

não canso de contemplar teu horizonte
vestido com o mais lindo por-do-sol



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Poemas inéditos

a poesia escreve-se com letras conjugadas mas o bom da poesia está nos olhos de quem a interpreta