
Custa-me dizê-lo
mas sinto que fui vencido pela dor
E o inferno zela pelo meu castigo
que seja no cemitério dos desiludidos
enquanto a vencedora
cobre a alma de pergaminhos dourados!
Sinto uma dor, um nimbo corrosivo
corroendo-me as paredes da alma
minhas lágrimas incandescentes
de raiva E solidão
vão abrindo fósseis no meu rosto
por todos estes anos de inutilidade
agora só penso em dormir
E depois do sono? Que venha o abismo!
Que venham os braços da eternidade
E me levem por entre as nuvens!

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