quinta-feira, 7 de outubro de 2010
DIDA
hoje encontrei alguém
que trazia nos olhos
a minha infância
E perguntou-me
porque ando de olhos fechados
será medo que as lágrimas se desprendam?
E acendam a memória
das ruas do meu pequeno ninho
miragens nimbadas de terra?
hoje encontrei Dida
de azul E de sonhos
driblando o destino
hoje o menino
não tinha os calções rasgados
não chupava o dedo para acalmar
a fome adesiva E resignada
Dida sorriu para mim E disse:
- o mundo adulto
é frio
calmo
E muito triste
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Poemas inéditos
a poesia escreve-se com letras conjugadas mas o bom da poesia está nos olhos de quem a interpreta
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