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terça-feira, 2 de novembro de 2010

Cais de Pedra







Cais de Pedra


Quando contruí meu cais de pedra
pensava no mar de outros mundos
onde eu navegaria os poentes de improviso
entre o orfeão de ondas
baunilhas de espuma
em busca do meu mundo perdido

no meu cais de pedra
atracam barcos em refrão
com nomes distorcidos
pelas calemas dos meus olhos

vejo o Silêncio a navegar
nas noites de insónia arpoando as minhas pálpebras
estivo a Solidão com braços de estivador
vejo afundar os Sonhos da minha infância
vejo partir quem mais amei
tornando-me refém do meu Destino

no meu cais de pedra
outros sonhos virão




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Poemas inéditos

a poesia escreve-se com letras conjugadas mas o bom da poesia está nos olhos de quem a interpreta