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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Da poesia







Da poesia
A poesia nasce nos finíssimos raios do sol
Na fímbria do mar E nas palavras ao vento
Navega em folhas de acácias E no azul do céu
Cresce como as raízes da terra lacrimejante
Ganha força nos olhares orvalhados
E como um rio corre entre os vales
E na força de um vulcão que se explode
Invade todos os cantos de um ser


A poesia é a vida em espiral de luzes
São resquícios de um passado que nos atormenta nas lembranças
Dos beijos não contados, dos beijos não recebidos
São as árvores ressequidas do nordeste
Todos os montes despidos da minha terra
São canções adormecidas, manchas coloridas de borboletas
É a minha ilha em clave de sol
É quem amo no interior das palavras

Se me vires deitado no chão
Já velho E alquebrado
Não chores meu estado deplorável
Que minha alma alimentada pela poesia
será sempre um eterno canto juvenil!

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Poemas inéditos

a poesia escreve-se com letras conjugadas mas o bom da poesia está nos olhos de quem a interpreta