
Saudade
Da varanda do primeiro andar
frente ao sol em declínio
bem perto do mar
veio a saudade
falar-me de amor
na sedenta redenção dos meus sonhos
procurei-te na minha memória
ante-câmara de relíquias E tristezas
portão de olhos
cascatas de lágrimas
saudade!
não sei o que é isso
qualquer coisa que dói
pão apetecido
fósseis da alma
procuro-te dentro de mim
E encontro-me dentro de ti
as nossas lembranças
serão sempre desencontros
enquanto estiveres longe


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