quinta-feira, 4 de novembro de 2010
regresso
regresso
Este aperto na alma,
esta angústia prensada nas vincos do meu rosto,
esse terror que cresce com o aproximar da noite
este medo do novo amanhecer
De não acertar o alvo
De perder tudo o que amei
Faz doer todo o meu ser
Refugio-me em labirínticas recordações adolescentes
E caio em prantos E contemplo meu desassego
Na histérica dolência do infinito
Estou farto de sinos retumbantes
Das luzes efémeras, das novelas rosadas
Dos aplausos furibundos E continuar de alma vazia
Preciso esculpir qualquer coisa
Alguma imagem que devolva a minha fé
Um altar de sacrifício onde possa renascer a esprança
Preciso voltar para mim mesmo!
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Poemas inéditos
a poesia escreve-se com letras conjugadas mas o bom da poesia está nos olhos de quem a interpreta
Adorei este poema pela sua beleza mas sobretudo por traduzir a minha vida por inteiro. vou guradá-lo sempre. Obrigado autor. entrei neste site sem querer e saio recompensado.
ResponderEliminardouglas
Estes poemas me fazem lembrar Neruda, Pessoa e Ezra Pound. Alguns poemas são carregadas de tristeza e outros têm uma riqueza de imagens escritas que nos embalam - o «bom da poesia»
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